segunda-feira, 29 de abril de 2013

Paranaense 2013: e a arbitragem?

O Campeonato Paranaense chega a sua reta final. Agora são apenas os jogos que vão decidir o campeão estadual e o campeão do interior. E aí entra uma velha questão: e a arbitragem?
 
 
Bem, mais uma vez o saldo é negativo. Confusão na "decisão" do 1º turno, reclamações de todos os lados e até mesmo denúncia da volta do bruxo. Como diria um grande comunicador brasileiro "que faseeeee".
 
 
Dentro desse tema também recorro a exemplos de outros campeonatos e outras comissões de arbitragem. Apesar de trazer o exemplo a seguir adianto que não quero aqui defender nenhuma comissão, pois ao acompanhar os estaduais em geral me recordo de muitos fatos inusitados na arbitragem gaúcha e goiana. Talvez se salve apenas a arbitragem Mineira (Minas tem um campeonato muito enxuto, apenas 11 rodadas antes da fase final) e a arbitragem Catarinense (que na minha opinião tem o melhor árbitro CBF do Brasil, Ronan Marques da Rosa).
 
 
Buscando ser o mais breve e objetivo possível: ano pós ano a comissão de arbitragem do Paraná consegue escalar mais de 20 árbitros diferentes durante o estadual. A conta é tão incrível que em algumas rodadas nenhum árbitro CBF é escalado. Experiências são feitas em jogos de peso. Se comparado aos outros estaduais percebemos que Minas, Goiás e Santa Catarina não passam de 10 a 12 árbitros diferentes. E sempre uma parcela maior de jogos a cada rodada tem árbitros CBF.
 
 
- Permita-me abrir um parênteses nesse paragrafo para dizer que no Rio Grande foram 21 árbitros diferentes em 2013 com o detalhe de que lá são 8 jogos por rodada.
 
 
Os árbitros ruins e o bons árbitros
 
 
Ainda analisando a arbitragem e agora com foco total no Paraná situações inusitadas ocorrem e nos faz pensar ainda mais nos critérios adotados e o porque de a comissão dar tanta margem para problemas durante o campeonato.
 
 
Em 2013 o estado do Paraná perde Héber Roberto Lopes (isso não ocorre por acaso). No mesmo ano o estado "ganha" o criticado Felipe Gomes do Rio de Janeiro (árbitro sem qualquer prestigio no Rio e que recebeu criticas atrás de criticas).
 
 
O árbitro carioca apitou 7 jogos no Estadual e distribuiu 10 cartões vermelho. Em 3 jogos ocorreram expulsões por xingamento (aja jogador que gosta de xingar esse árbitro, estranho não?). Reprovado no clássico Operário x Londrina com uma péssima atuação.
 
 
No jogo seguinte muita confusão em Londrina na decisão do 1º turno. Aí então a comissão pensa "vamos dar um jogo tranquilo a ele para recuperar". Felipe vai a Cianorte para comandar o time do Leão contra o ACP. Mais confusão e 2 expulsões. Para fechar com "chave de ouro" comanda um jogo nervoso e decisivo entre Jota x Toledo. Mais confusão e mais expulsões (o único da última rodada com jogadores expulsos).
 
 
Por outro lado ano pós ano temos o árbitro Antônio Valdir dos Santos que em conversas sobre futebol com um grande amigo de Scouts sempre comentamos sobre a falta apoio aos bons árbitros.
 
 
 
 
Antônio Valdir apitou 6 jogos e nenhuma expulsão. Nenhum jogo marcado por confusão, fato inusitado ou reclamação. E acredito que um ótimo exemplo de árbitro bom e que tem o mínimo de bom senso foi da última rodada do campeonato, quando Valdir não deu nenhum minuto de desconto no 2º tempo entre ACP x Paraná (já vi muito árbitro se complicando com desconto de 2º tempo em jogo decidido).
 
 
E aí finalizo com duas perguntas em uma: em meio a tanta confusão, a tanto árbitro ruim e/ou mal intencionado porque a comissão paranaense de futebol não dá prestigio aos bons árbitros e porque não foca em um quadro de elite de arbitragem deixando as experiências para os outros campeonatos promovidos pela entidade?

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