segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cada um por si a FP(aranaense)F contra todos

Em meados de março aproveitei informações atualizadas de renda e público dos campeonato para abordar esse tema com ênfase nas políticas adotas pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) que em nenhum momento se preocupa em apoiar e incentivar seus afiliados (principalmente os times do interior que não tem calendário).
 
 
Na ocasião comprovei a afirmativa com os exemplos dos Campeonatos Goiano, Mineiro, Gaúcho, Catarinense e Paranaense apontando como ponto principal a relação renda líquida/renda bruta e mostrando que aqui no Paraná gasta-se muito para abrir os portões. Uma medida sem alteração das políticas seria de diminuir o número de jogos o que vai contra os interesses da Federação, uma vez que ela ganha 10% da renda bruta de cada jogo realizado (logo, quanto mais jogos melhor... para Federação e não, necessariamente, para os clubes).
 
 
Nesse post vou além e vou mostrar aos leitores a discrepância em bilheteria entre os clubes paranaenses e a Federação:
 


No quadro acima está uma relação de quanto a Federação arrecadou com cada clube (em bilheterias) e quanto cada clube arrecadou. O valor é simples, na coluna da Federação 10% da renda bruta de cada equipe no campeonato e no quadro das equipes a renda líquida total de cada time. Percebam que metade dos times mais deu dinheiro a federação em bilheteria do que arrecadou.
 
 


 
Como a Federação é uma entidade única e independente no quadro acima selecionei o valor total da Federação para comparar clube a clube. Vejam que no Campeonato apenas o Londrina foi capaz de arrecadar mais que a Federação em bilheteria.
 
 
A partir daí o que temos de concreto:
 
- clubes paranaenses ameaçando fechar o futebol por falta de incentivo e condições financeiras
- clubes do interior com dificuldades de honrar seus compromissos
- o incentivo da FPF é 0 ao futebol paranaense
 
Acrescento mais alguns dados:
 
- para filiar-se a Federação se paga uma taxa, essa taxa também precisa ser renovada gerando custos aos clubes para com sua federação ano pós ano
- para registrar atleta entre diversas taxas o clube paga uma a sua Federação. Portanto, se for feito um levantamento em 2013, pelos menos mais de 500 atletas já foram registrados na FPF gerando mais recursos a entidade, uma vez que cada um desses mais de 500 atletas geraram uma taxa
- ou seja, além dos R$ 608 mil arrecadados em 4 meses a Federação tem outras fontes de receita
- os clubes são penalizados pela FPF na bilheteria, o campeonato não tem patrocinadores, é pouco atrativo e o resultado são clubes tradicionais como Paranavaí, Rio Branco entre outros passando por muitas dificuldades financeira
 
Petraglia e a dupla Paratiba
 
Em meio a essa discussão todas vimos uma atitude corajosa do Atlético Paranaense na figura de seu presidente: entrar com o time B de jovens e não assinar contrato com a Televisão. Em ótima entrevista ao Portal Terra Petraglia diz que está na hora dos clubes se unirem e criarem sua própria Liga, pois o sistema feudal da estrutura futebol presa as federações não é compatível com a indústria futebol dos tempos moderno.
 
Com os dados apresentados acima fica a questão: resta alguma dúvida quanto as considerações do homem forte do Atlético? Não está na hora dos clubes se unirem? E a partir disso a "bomba" recai sob a dupla Paratiba. Uma vez que se os outros 2 grandes clubes se unirem a causa, o futebol paranaense não terá outra alternativa se não repensar seus conceitos.
 
Interior
 
Até quando clubes do interior continuarão na mão de sua Federação? Até quando os clubes vão aguentar sem dar um basta? Bom, tudo o que foi apresentado acima tem grande parcela de culpa dos "dirigentes" dos clubes do interior que ano pós ano continuam prestigiando a Federação, talvez por medo de represálias, talvez por falta de capacidade ou até mesmo pela crença de que terão algo em troca.

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