sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A maturação como fator de seleção

Muitas investigações são feitas no que se refere a maturação na aptidão física e consequentemente numa melhora de desempenho. Nesses estudos os pesquisadores encontram que a maturação favorece o atleta na altura, na massa isenta de gordura, na força inferior, na resistência aeróbica e nos saltos verticais máximo consecutivos.

Todas essas variáveis influenciam em muito o desempenho do atleta em campo e portanto se torna um grande fator de seleção no desenvolvimento dos atletas, onde muitos jogadores que tendem a ter uma maturação tardia pode perder a sua oportunidade.

Além disso (e é o foco desse post), muitos atletas nascidos próximo do final do ano em média têm sua maturação tardia em comparação aos garotos da mesma categoria nascidos no início do ano. No comparativo entre um garoto nascido em janeiro e outro nascido em dezembro durante uma temporada, se não levado em consideração esse fato, o atleta mais jovem pode ao final da temporada ser dispensado em detrimento ao seu companheiro mais velho.

E isso pode ser comprovado quando analisamos a quantidade de atletas nascidos entre janeiro e junho comparado aos nascidos entre julho e dezembro.

Em nossa base de dados com 5359 atletas com contrato profissional com os 80 principais clubes brasileiros verificamos que 3274 (61%) nasceram nos 6 primeiros meses. A diferença é ainda mais impactante se fizermos um confronto entre atletas de janeiro, fevereiro e março contra aqueles nascidos entre outubro e dezembro. São 1797 (33,53%) os nascidos nos 3 primeiros meses do ano contra 900 (16,79%) que nasceram em outubro, novembro ou dezembro.

Cabe a nós profissionais de educação física e formadores de atletas estar atento para a questão maturacional na formação de atletas.

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